De lágrimas é feito o amor,
De felicidade ou de dor,
Carregam todo o sal
Desse oceano de amor colossal.
De vez em quando, em vez de tombo,
O difícil é alcançar o fundo.
É tanto espaço vazio, tanta água e tanto frio
Que até os peixes nadam pro leste
E os pássaros: nem um pio.
Pra que me serve essa imensidão,
Se o amor que, de tão, tornou-se vão?
Pra que me diz que não
E continuas aqui, então?
Vá em frente e me enterra nessa imersão.
Amarra meus pés no chão e me mostra
Que, além de me fazer viver,
Quem vai me matar
É meu coração.
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Puxa, essa daí entraria sem pensar duas vezes num panteão poético da língua portuguesa.
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