tem dias
em que a gente pisa
e o pé afunda
(porque precisa).
entra todo
no lodo da alma
e cria raízes.
nesses dias,
nessas crises,
eu me olho
lá no fundo
e reaprendo
a conviver
com o que
teoricamente
a gente
evita para viver
– ou vive para evitar –
sair dói.
e demora.
dói a demora.
mas não importa.
eu tenho calma
(eu ainda tenho alma)
e tempo de sobra
pra ficar,
até sobrar
do mangue
só o mar.
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