terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Palimpsesto

É assim, ano a ano a vida se renova.
Despede-se de um ciclo que se vai e apresenta-se a outro, recém-nascido.
Ciclos que se entrelaçam, que se beijam de despedida, que se mesclam sem perder as nuances que os fazem únicos.
Ciclos que compõem o quebra-cabeça da vida, que se confrontam com o que já passou, mas ainda tem lá seu pé no passado.
Ciclos que vão incorporando as novas fases que descobrimos ao longo da vida, que vão trocando de pele, de humor, de amor, de ser e de saber.
Ciclos que, mesmo em constante mudança e manutenção, mantêm uma essência, ultramente pessoal e única, intocada.
E, a cada ano, essa essência se depara com o milagre da renovação: que recheia nossa alma com a incerteza do futuro.

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