segunda-feira, 5 de setembro de 2011

TRINTA E UM

Inesperada.
Como uma
Chuva de verão.
Um arco-íris
Que corta o céu.
Corpos que tocam
O chão.
Debaixo de uma
Coberta pesada,
Suas mãos me
Acariciam a alma
E eu caio num abismo
De plumas.
Me afogo na leveza
Dos seus braços
Que viram abraços.
Das pernas entrelaçadas
Como estrelas enguiçadas
Num lindo trânsito infinito.
Conto o tempo que parou.
E vai continuar parando.
Como na noite
Em que nós dois
Viramos um.

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