Me visto de sonhos.
Todos milimetricamente
Não planejados.
Simetricamente desalinhados.
Sutilmente desajustados.
O improvável me fascina.
Me tira o controle.
Me embrarca numa surpresa
Reticente.
Num futuro gerúndio.
Eu vou sonhando,
Vivendo,
Sorrindo,
Tecendo melodias
Em notas desnudas.
Vazias de compreensão.
Silenciosas.
Avessas à razão.
Sou apaixonado pelo
Pulsar do inesperado.
Vivo pelo que sonho.
Pois o que sonho,
Não cabe onde vivo.
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Você ainda vai muito longe, meu anjo.
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