sexta-feira, 18 de maio de 2012

quando o silêncio pede a palavra

ouço tudo,
querida.
que não sou
que não somos
nada.
ouço
teu soluço
me roubar
o ar,
teu mar
de impasses
me salgar
as feridas.
ouço você
se afogar
(em lágrimas)
achando
que assim vai
se salvar.
eu ouço tudo
tudo tudo tudo
o que for
preciso.
mas por
favor
por Deus
por mim
não me obrigue
a ouvir o teu
silêncio.

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