Chega de fantasias, de calor
Em demasia.
Me cansei dessa experiência,
Dessa incrível inconsistência
E dessa imbatível falta de
Elegância.
Que se foda o sexo frágil,
Que se exploda o mais ágil.
Vão sozinhos desfilar pela avenida,
Acabar com a fome do mundo e,
Em seguida, se esquecer de que a
Vida recomeça na segunda.
No carnaval nunca se está só.
No carnaval sempre está sol.
E as máscaras vão caindo,
Enquanto a música vai tocando.
No ouvido, o som vai explodindo.
No coração, fica só aquele
Zumbido.
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Adorei esse, e me identifiquei muito ;x
ResponderExcluirPô, quantas vezes não me peguei pensando o mesmo. Ao invés de ver carnaval, eu usei esses dias para viajar para onde eu nunca tinha ido, e aproveitar ao máximo, sem televisão, sem rádio, sem absurdos ideológicos. Porque Carnaval é quase uma ideologia do povo brasileiro: um povo trouxa na alegria. A verdadeira felicidade, creio que você concorda comigo, vem das nossas conquistas, jamais de ilusões passageiras...
ResponderExcluir"A felicidade do pobre parece
A grande ilusão do carnaval
A gente trabalha o ano inteiro
Por um momento de sonho
Pra fazer a fantasia
De rei ou de pirata ou jardineira
e tudo se acabar na quarta feira" (A Felicidade, Tom Jobim)
Que bela canção. Se verdades fossem mesuráveis, esta poesia cantada seria absurdamente imesurável.