terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Carnaval (Não Se Faz Mais Amigos Como Antigamente)

Chega de fantasias, de calor
Em demasia.

Me cansei dessa experiência,
Dessa incrível inconsistência
E dessa imbatível falta de
Elegância.

Que se foda o sexo frágil,
Que se exploda o mais ágil.

Vão sozinhos desfilar pela avenida,
Acabar com a fome do mundo e,
Em seguida, se esquecer de que a
Vida recomeça na segunda.

No carnaval nunca se está só.
No carnaval sempre está sol.

E as máscaras vão caindo,
Enquanto a música vai tocando.
No ouvido, o som vai explodindo.
No coração, fica só aquele
Zumbido.

2 comentários:

  1. Adorei esse, e me identifiquei muito ;x

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  2. Pô, quantas vezes não me peguei pensando o mesmo. Ao invés de ver carnaval, eu usei esses dias para viajar para onde eu nunca tinha ido, e aproveitar ao máximo, sem televisão, sem rádio, sem absurdos ideológicos. Porque Carnaval é quase uma ideologia do povo brasileiro: um povo trouxa na alegria. A verdadeira felicidade, creio que você concorda comigo, vem das nossas conquistas, jamais de ilusões passageiras...

    "A felicidade do pobre parece
    A grande ilusão do carnaval
    A gente trabalha o ano inteiro
    Por um momento de sonho
    Pra fazer a fantasia
    De rei ou de pirata ou jardineira
    e tudo se acabar na quarta feira" (A Felicidade, Tom Jobim)

    Que bela canção. Se verdades fossem mesuráveis, esta poesia cantada seria absurdamente imesurável.

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