sexta-feira, 17 de julho de 2009

O amor não tem um pingo de ética

O amor não tem mesmo, nem um pingo de ética.

Vangloria-se, sagra-se o melhor, toma as rédeas desse mar revolto de emoções que navegamos diariamente.

Diz-se essencial para a vida de qualquer ser, seja ele racional, irracional, animal, esperançoso, pessimista, ansioso, calculista, genioso, egocêntrico, excêntrico, desmotivado, desacompanhado, acompanhado até demais, atrapalhado, iniciante, amador, jogador, profissional ou-qualquer-outro-tipo-de-ser-que-tenha-vida-própria.

O amor, esse mesmo, que se diz o mestre-sala do carnaval sentimental do ser humano, não sucumbe, jamais.
Às vezes passa desapercebido, pede umas férias, muda de casa, troca de roupa, some por uns dias, torna as noites mais frias.

Esse amor que se finge de morto, já matou demais.
Matou o tempo, matou o ódio, matou a cabeça pensante, matou o livre-harbítrio, matou a consciêcia, matou até mesmo a razão.

Quando digo que o amor não tem um pingo de ética, falo sério.

Ou só me sinto tão vazio, a ponto de deixar vazar a única coisa que o amor não mata, de jeito algum: a loucura de amar para sempre.

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