Equilibrando-se nas beiradas
Dos finais e das chegadas,
O tempo vai contando em círculos
A brevidade da vida.
De hora em hora,
As horas se esgotam
E as memórias remontam
As histórias que um dia contaram.
A cada passo,
O espaço e o aço
Deturpam as distâncias e recortam
As lembranças que esquecemos de cor.
Conforme a vida passa,
O coração perpassa
E a razão embaça
O pára-brisa da alma.
Quanto mais o corpo teme,
Mais a alma treme
E a gente sente
Que o fim chegou.
Quem nunca acreditou,
Agora ajoelha em pé
E descruza os braços de fé
Que um dia a vida cruzou.
O sentido do amor é esse:
Vindo na contramão
Andando em passos de oração
E enchendo de cor o vazio do coração.
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