as linhas
das minhas
mãos
(acredita-se)
dizem
quem sou
quem vou
ser
se vou ter
uma casa
ou duas
as linhas
das minhas
mãos
dizem muito
menos onde
foram parar
as tuas.
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Como dizia Mário Quintana: "A saudade que dói mais fundo – e irremediavelmente – é a saudade que temos de nós." Por isso, esse é meu registro de vida, minha invenção da verdade, meu delírio quase-diário. Escrevo para lembrar, para não ter saudade e para deixar saudade. De quem sou, fui e ainda não.
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