Não existe.
Sou ausência.
Falta.
Vazio.
Sumo com
Qualquer
Vestígio
De presença.
Débil.
Vil.
Exilado.
Sumido.
Mudo.
Calado.
Sou o que
Não se é.
O que não
O que não
Se pode ser.
Vivo numa
Eterna
Abstinência
De viver.
Como dizia Mário Quintana: "A saudade que dói mais fundo – e irremediavelmente – é a saudade que temos de nós." Por isso, esse é meu registro de vida, minha invenção da verdade, meu delírio quase-diário. Escrevo para lembrar, para não ter saudade e para deixar saudade. De quem sou, fui e ainda não.
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