esquecer o outro
em partes
a cada passo
fragmentá-lo
em menores
pedaços
criar caixas
com o vazio
dos abraços
a fim multiplicar
e otimizar
os espaços
guardar tudo
em local
de difícil alcance
pra que o cansaço
não compense
o acesso.
terça-feira, 29 de abril de 2014
segunda-feira, 28 de abril de 2014
destino
passamos tão rápido
um pelo outro
como se dentro
de trens
em sentidos opostos
somando velocidades
cada um com seu
corpo-vagão
de janelas bagagens
pessoas e portas-automáticas
curiosas essas viagens
em que se cruzam
apenas os olhares
e nada se pode fazer
com os trilhos
que dormem deitados
tranquilos
e insuportavelmente
paralelos.
um pelo outro
como se dentro
de trens
em sentidos opostos
somando velocidades
cada um com seu
corpo-vagão
de janelas bagagens
pessoas e portas-automáticas
curiosas essas viagens
em que se cruzam
apenas os olhares
e nada se pode fazer
com os trilhos
que dormem deitados
tranquilos
e insuportavelmente
paralelos.
por favor
tempo
paciência
isso não é
coisa que se peça
viver é pressa
esperar não compensa
se não for pra ser agora
só me dá licença.
paciência
isso não é
coisa que se peça
viver é pressa
esperar não compensa
se não for pra ser agora
só me dá licença.
alto
amar dá vontade
de subir
mudar o desenho
das nuvens
seja lá qual for
tomar fôlego
e escalar o Everest
numa tarde
ver se na Lua
realmente muda
a gravidade
dá vontade de viver
no ápice
fazer de cada passo plano
salto vertical até o topo
como uma trilha em pé
é aí que a armadilha se dá:
o amor tece a corda
mas não amortece
a queda.
de subir
mudar o desenho
das nuvens
seja lá qual for
tomar fôlego
e escalar o Everest
numa tarde
ver se na Lua
realmente muda
a gravidade
dá vontade de viver
no ápice
fazer de cada passo plano
salto vertical até o topo
como uma trilha em pé
é aí que a armadilha se dá:
o amor tece a corda
mas não amortece
a queda.
velocidade
aos físicos
ficou destinada
a descoberta
da velocidade da luz
pois que fique
por conta dos poetas
descobrir a do escuro.
ficou destinada
a descoberta
da velocidade da luz
pois que fique
por conta dos poetas
descobrir a do escuro.
sexta-feira, 25 de abril de 2014
pouso
tudo que cai
voa
brevemente
paira
sem que pare
totalmente
até chegar
tudo que vai
pousa
sempiternamente
no chão
ou em
algum lugar.
voa
brevemente
paira
sem que pare
totalmente
até chegar
tudo que vai
pousa
sempiternamente
no chão
ou em
algum lugar.
quarta-feira, 23 de abril de 2014
ampulheta
somos ampulhetas
esperando a areia
esperando a areia
cair de cima
para soterrar
lentamente
lentamente
o vazio
mesmo assim
mesmo assim
nunca seremos
completos
sempre
vai restar
vai restar
a outra metade
e o tempo
vai continuar
acabando.
acabando.
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