quinta-feira, 14 de junho de 2012

era não

era
uma vez
que não
era.

coisa de louco é pouco

amor
é coisa
de louco:
estraga
se for muito
estraga
se for pouco.

fome de nome

gosto de
certeza.
verdade limpa
cartas sobre
a mesa.
talvez
não tem vez
comigo
meu amigo.
eu alimento
o que me farta
de garantia
que é,
não de que
vai ser
um dia.
hipoteticamente
falando
eu afirmo
categoricamente
gritando:
sentimento tem
que ter
rosto nome sobre
nome e pronto.
e ponto.
se não tiver
eu deixo morrer
de fome.

fim?

tem caso
que não
casa com
a realidade.
caso que é
coisa da
cabeça
e por mais
que pareça
ser coisa
concreta
– de carne
osso pele
matéria –
é coisa feita
depressa
da pressa
de querer
que o que
não é
venha a ser.
caso sério
esse tipo
de caso.
sério.
caso que nos torna
involuntariamente
voluntários de
um amor uma
paixão uma
vontade uma
saudade que
a mente
arquitetou
e se esqueceu
de avisar
a gente.
é caso sério
caso assim:
que nem
começa
e a gente
não consegue
pôr fim.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

sem

falta.
só existe
enquanto
sobra.




terça-feira, 12 de junho de 2012

em toda parte

só faço
parte
do que
me faz
inteiro.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

do amor e seus formatos

o amor
não liga muito
pra esse
assunto
de formato.
quando intenso
– de tão imenso –
mal cabe
no quarto.
mas de vez
em quando
se basta
num retrato
3X4.